Uma nova geração de extração de quantidades

Com a introdução da metodologia BIM no universo da construção civil, abriram-se novos horizontes que permitem, mais do que nunca, ter uma visão generalizada de todas as fases da gestão de um projeto. Graças a esse desenvolvimento, a indústria da construção civil está a sofrer uma metamorfose, no que diz respeito à forma de leitura de toda a informação e de como consegue tratar esses mesmos dados de forma a acompanhar a velocidade de evolução que está a ocorrer, em todos os setores desta indústria.

Por exemplo, no que diz respeito a extração de quantidades (MQT), essa evolução torna-se cada vez mais necessária devido à quantidade de informação que cada projeto tem, independentemente da especialidade. Cada vez mais um projeto deixou de ser apenas linhas traçadas num papel, passando a ser um núcleo de informação.

Figura 1-Evolução de Linhas para informação

Devido a toda essa informação disponível, o processo de extração de quantidades a nível global, está a sofrer transformações de forma a ser possível uniformizar todo este processo. Isso nota-se, em primeiro lugar, na preocupação existente de ser possível tratar toda a informação num processo colaborativo, para, assim, se poder unificar os esforços e, consequentemente, reduzir o tempo para interpretação de toda esta informação.  

Figura 2 – Modelo Colaborativo

Uma dessas transformações envolve a redução do tempo no que diz respeito a extração de quantidades. Cada vez mais, o fator tempo pode ser decisivo no que se refere à orçamentação e mesmo ao planeamento de um projeto.

Desse modo, a nível internacional criaram-se sistemas de classificação de dados que permitem unificar toda informação disponível e, assim, foram desenvolvidos diversos sistemas classificativos onde se podem destacar três: Uniformat, Masterformat e Uniclass.

Figura 3- Sistemas de Informação existentes

Estes sistemas obedecem a uma hierarquia e dividem-se em classes ou especialidades para assim tornar toda a informação simples e percetível, para quem recebe e trabalha com os dados, de forma a poder obter um rendimento superior àquele que se teria caso o modelo de informação fosse adaptado a cada processo.

A adoção destes sistemas de classificação, tornam-se cada vez mais prementes, devido à nova vaga de ferramentas (software) existente no atual panorama da extração de quantidades, onde muitas dessas ferramentas têm como base esses sistemas classificativos.

Exemplo disso é a nova ferramenta da Autodesk, o Autodesk Takeoff, que para ser utilizada obriga à adoção de um sistema classificativo, seja ele um modelo classificativo standard, ou a criação de um modelo interno, sem o qual ele não produz qualquer tipo de informação.

Figura 4-Painel de Definições do Autodesk Takeoff

As vantagens de se usar este tipo de classificação, independentemente do software utilizado, é que permite simplificar toda a extração de informação existente, seja nos modelos  2D e até mesmo aceder de forma automatizada às quantidades dos modelos 3D e, assim, agregar toda a informação de uma maneira fácil e intuitiva, de forma a tornar fácil a compreensão dos dados, seja numa fase inicial do processo, ou numa fase já mais adiantada do mesmo.

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